É dificil acreditar na dureza das palavras,
na verdade artificial das emoções que se espalham por aqui e ali,
dífícil aceitar as pessoas como são e como querem ser.
Às vezes sinto uma enorme vontade de fugir de mim mesmo. E ao menos sei o motivo pra tanta frescura de minha parte. Vai ver é carência, ou até mesmo demência minha. Mas é uma idéia bastante tentadora, um desejo praticamente palpável que eu tenho. Mas quando chega a hora de realmente acontecer, eu simplesmente não vejo como. É como se eu quisesse me desprender do meu corpo, mas ao mesmo tempo gostasse de ficar agarrado às emoções, às pessoas, à ele.
Perco tempo demais pensando em coisas que já foram importantes. Gasto horas a fio pensando em quem não merece ser lembrado. Choro lágrimas que nunca deveriam ter caído, sinto ódio de quem realmente não fez nada pra mim, e vanglorio pessoas que não deveriam estar ao meu lado.
Uma mente brilhante me disse um dia que eu "aprenderia com os erros que tanto cometo". Mas, o tempo passa, e eu continuo aqui levando rasteiras e mais rasteiras das mesmisses que eu mesmo me faço presenciar. Até chego a aprender alguma coisa, mas, eu literalmente consigo viver levando pancadas da vida, e ainda consigo saltitar alegremente feito um babaca.
Eu ainda espero o dia que eu realmente levarei uma pancada forte o suficiente, que me faça acordar. Até lá, acho que ainda continuarei misturando o real com o imaginário, o possível com o inalcançãvel, as verdades pelas mentiras. Continuarei aceitando pessoas que não deveriam estar ao meu lado, continuarei ignorando aquelas que realmente merecem minha devoção e afeto, e continuarei estagnado na minha própria evolução humana.
e uma pergunta ainda não sai da minha cabeça... Será que somos nós mesmos que criamos os nossos infernos?